Amador.

Sou um amador. Gosto de ser assim: um amante não profissional de várias coisas. Gosto da liberdade de amar sem a necessidade de me especializar. E por favor, não confunda isso com falta de compromisso ou comprometimento – afinal, é de praste que nos comprometamos com mais afinco com aquilo que mais amamos. Sendo assim, sinto-me um amante amador e comprometido com várias coisas.

Eu amo histórias, por exemplo. De todos os tipos: daquelas contadas ao vivo ao redor da mesa; das desenvolvidas lentamente ao longo dos prolixos episódios das séries televisivas; das que assisto nas telas do cinema e das que ouço nos podcasts. Gosto das histórias dramáticas, das divertidas, das que despertam em mim o anseio pela aventura e das que me fazem querer me retirar em solidão reflexiva. Gosto, sobretudo, daquelas que leio – eu amo ler! Amo todo tipo de livro: dos de culinária aos de filosofia; dos de aventuras ficcionais aos de teologia; dos de ciência aos infantis. Amor ler de tudo, mas lembre-se: sou um amador em todos esses amores literários.

Também amo cozinhar. Amo receber meus amigos e familiares com uma refeição feita por mim. Amo descobrir novas combinações e sabores e amo comida bem temperada, o que muitas vezes resulta em excesso de sal e revela o meu completo amadorismo na cozinha – mas nada que uma boa bebida não disfarce!

Amo futebol – talvez até mais do que eu deveria. Amo jogar futebol, assistir futebol, falar sobre futebol e consumir conteúdo sobre futebol! Também amo música – ouvir e tocar! Mas a exemplo de tudo o que foi dito até aqui, também sou um completo amador em tudo isso! Acho que a título de apresentação e no que diz respeito às coisas menos importantes da vida, essa lista de amores amadores basta por hora.

Mas preciso falar daquilo que realmente importa. Daquilo que define os maiores valores da minha vida. Daquelas áreas da vida em que eu deveria amar mais e melhor, mas que infelizmente sou também um completo amador. Coisas das quais não sou digno mas com as quais sou abençoado por Graça: Deus, as Escrituras, minha esposa, minha família, meus amigos, minha vocação, minha comunidade de fé e o meu próximo. Isso é o que eu realmente amo (ou deveria amar), apesar do meu amadorismo.

Sou um pecador limitado e insuficiente no chamado para amar. Meu egoísmo, minha vaidade e minhas inseguranças me impedem de amar com eu deveria. Mas eu sou amado! E graças a Deus a minha identidade não é definida pelo que eu amo de forma miserável, apesar de profunda, e sim pelo fato de ser amado por Aquele que ama porque é Amor. Por Aquele que me ama sem precedentes, apesar de mim. E é na certeza deste amor que eu tento amar tudo aquilo que apontei até aqui – especialmente aquilo que está na categoria das coisas que são realmente importantes!

Concluindo (ou começando) essa breve apresentação: meu nome é Eduardo Martins Machado Mitre. Tenho 31 anos. Sou cristão. Sou também casado com o amor da minha vida, a pessoa com quem eu mais amo dividir os meus amores. Venho de uma família que amo e com quem aprendi a amar muitas coisas. Sou mineiro de Belo Horizonte, e amo essa cidade. Sou Biólogo por formação. Falo de Deus por vocação, e Ele me chamou para trabalhar com isso.

Por fim, não poderia deixar de falar que eu amo escrever. Aqui é necessário voltar a dizer e destacar: nisso também sou um completo amador. Um amador e ponto final. Nada mais que isso! Daí o nome do blog:

“Amador. Textos amadores sobre aquilo que eu amo”.

É isso o que você vai encontrar por aqui. Talvez um pouco de tudo. Talvez um tanto de coisa sobre nada. Tudo sem nenhuma pretensão profissional e sem nenhuma opinião especializada. Tudo bem amador.

Espero que você se divirta comigo.

Seja bem vindo(a).